segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Os carros Americanos mais potentes do mundo

Plymouth Road Runner – 68

Construído pela divisão automotiva da Chrysler Corporation, a Plymouth Automobile, esta obra de arte da engenharia mecânica foi um projeto com planejamento completamente voltado para a alta performance, ou seja, quaisquer peças ou detalhes que não contribuíssem para o desempenho do veículo seriam descartados.
Uma curiosidade é que a companhia pagou cerca de U$50.000,00 à Warner Bross para a utilização do nome do personagem “Papa-Léguas” (em inglês: Road Runner) assim como U$10.000 para o desenvolvimento de uma buzina personalizada com o “beep-beep” (som característico, do personagem).
Plymouth Road Runner
O Plymouth Road Runner possui uma dos mais interessantes "brands" entre os Muscle Cars.
Especificações:
Produção: 1968 à 1970
Tipo de corpo: 2 portas coupé ; 2 portas hardtop; 2 portas conversível.
Plataforma: B-body
Motor: 383 cu in (6,3 L) V8 ; 426 cu in (7,0 L) Hemi V8; 440 cu in (7,2 L) V8
Transmissão: Automática de 3 velocidades; Manual de 4 velocidades
Distância entre eixos: 116,0 pol. (2946 milímetros)

Dodge Dart 4ª geração 67-76

Este clássico modelo surgiu inicialmente com a ideia da criação de um novo design de carroceria, porém, na apresentação do projeto, a lendária Dodge não se contentou com a simples troca de roupas e decidiu incrementar o modelo inteiro.
Este magnífico possante foi a febre de uma geração, símbolo de poder e um dos carros preferidos dos playboys.
Dodge Dart
Dodge Dart 1970, o preferido dos playboys.
Especificações:
Produção: 1967 – 1976
Tipo de corpo: 4 portas sedan; 2 portas sedan; 2 portas hardtop; 2 portas conversível; 2 portas coupé
Plataforma: A-body
Motor: 170 cu in (2.8 L) Slant-6; 198 cu in (3.2 L) Slant-6; 225 cu in (3.7 L) Slant-6; 273 cu in (4.5 L) LA V8; 318 cu in (5.2 L) LA V8; 340 cu in (5.6 L) LA V8; 360 cu in (5.9 L) LA V8; 383 cu in (6.3 L) RB V8; 440 cu in (7.2 L) RB V8
Transmissão: Automática Torqueflite de 3 velocidades; Manual de 3 velocidades; Manual de 4 velocidades.
Distância entre eixos: 10 pol. (2,794 mm); Demon/Sport: 108 pol. (2,743 mm)

Mercury Cougar 1ª geração 1967 – 1970

As inspirações para a iniciação do projeto deste carro vieram do clássico Mustang.
Este carro é um dos mais elegantes da nossa lista, e a prova disso é que a sua “evolução”, ou a nova geração, teve sua base de projetos fundamentada no design, deixando a performance em segundo plano. Porém, os modelos até o ano de 68 não deviam nada a seu motorista no quesito potência.
Mercury Cougar
Mercury Cougar 69, um dos mais bonitos da lista.
Especificações:
Produção: 1967–1970
Tipo de corpo: 2 portas hardtop coupé; 2 portas conversível
Layout: FR Layout
Motor: 289 cu in (4.7 L) Windsor V8; 390 cu in (6.4 L) FE V8; 302 cu in (4.9 L) Windsor V8; 351 cu in (5.8 L) Windsor V8; 428 cu in (7.0 L) FE V8; 427 cu in (7.0 L) FE V8
Distância entre eixos:111 pol. (2819 mm)

Plymouth Barracuda 3ª geração 1970 – 1974 (ou Plymouth ‘Cuda)

A Plymouth sempre se destaca em qualquer lista. Se ela não for mencionada por sua excelência em montagem e produção, com certeza será por sua criatividade para nomear os modelos.
Não sei se sou influenciado mais do que devia pelo fato de ser publicitário, também não sei se me cegaram com a genial campanha por trás deste modelo, só sei que não consigo imaginar um carro mais agressivo que o Barracuda.
Mas sejamos sinceros… quem não se encanta com esse E-body?
Plymouth Barracuda 70
O agressivo Plymouth 'Cuda 70 na pista de Pocono
Especificações:
Produção: 1970–1974
Tipo de corpo: 2 portas notchback coupé; 2 portas conversível.
Plataforma: E-body
Motor: 198 cu in (3.2 L) Slant-6 I6; 225 cu in (3.7 L) Slant-6 I6; 318 cu in (5.2 L) LA V8; 340 cu in (5.6 L) LA V8; 360 cu in (5.9 L) LA V8; 383 cu in (6.3 L) B V8; 426 cu in (7.0 L) Hemi V8; 440 cu in (7.2 L) RB V8

Chevrolet Camaro

Fiquei por um bom tempo pensado em qual geração, modelo e ano de fabricação seriam os melhores desta renomada série de carros da General Motors, e sinceramente não consegui.
Eu sou fã do Camaro e sempre fui, tanto das versões pony quanto dos muscle.
As 5 gerações desta série são impecáveis, e este é talvez um dos poucos que tenha conseguido manter todo o poder dos clássicos em seus novos modelos. A prova disso é que este carro foi protagonista do blockbuster “Transformers”, figurando como o personagem principal “Bumblebee”.
Chevrolet Camaro
Astro do cinema, o Chevrolet Camaro foi o carro escolhido para representar o protagonista "Bumblebee".
Especificações:
Produção: 1966–2002; 2009 – Atualmente.
Classes: Pony; Muscle.
Tipo de corpo: 2 portas coupé; 2 portas conversível.
Plataforma: F-body; Zeta.

Ford Maverick Grabber 73

O inconfundível Maverick, assim como a sua montadora Ford, não poderiam ser deixados de fora, pois são símbolos e sinônimos de Muscle Cars.
Um dos meus tios costumava afirmar que “se os carros forem originais, ninguém alcança um Maverick”.
Em uma coisa ele estava certo: se o seu negócio é velocidade, o Maverick é seu carro.
Ford Maverick Grabber
O Ford Maverick Grabber é um dos mais potentes.
Especificações:
Produção: 1970–1977 (América do Norte); 1973–1979 (Brasil).
Tipo de corpo: 2 portas sedan; 4 portas sedan; 4 portas wagon.
Layout: FR Layout.
Motor: 170 cu in (2.8 L Thriftpower Six I6; 200 cu in (3.3 L) Thriftpower Six I6; 250 cu in (4.1 L) Thriftpower Six I6; 302 cu in (4.9 L) V8.
Transmissão: Ford C4 nos automáticos.
Distância entre eixos: 103 pol. (2,600 mm) no coupé; 109.9 pol (2,790 mm) no sedan.

Ford Galaxie 4ª geração 1969 – 1974

Muitas pessoas que conheço adoram desmerecer o Galaxie.
Muitos dizem “Essa banheira só bebe gasolina!” e “Não corre nada por causa do peso”.
Isso me espanta profundamente. Para as pessoas que dizem isso eu só pergunto: “Amigo, você já dirigiu um Galaxie?”
É fato que este modelo, assim como qualquer muscle car, tem um consumo de gasolina elevado. E também é óbvio que devido ao seu peso ele terá sua performance levemente prejudicada. Mas amigão, você sinceramente acha que um carro com motor Windsor V8 vai lhe deixar na mão? Se você precisar correr mais do que um Galaxie lhe proporciona, vá para a Fórmula 1!
Além do mais, nada pode superar a sensação de trafegar com este imponente carro, com os vidros abaixados, e um rock clássico no rádio.
Ford Galaxie
O imponente Ford Galaxie é um dos mais poderosos.
Especificações:
Produção: 1969–1974
Tipo de corpo: 4 portas sedan; 2 portas hardtop; 4 portas hardtop; 5 portas wagon; 2 portas conversível.
Layout: FR Layout
Motor: 240 cu in (3.9 L) Thriftpower I6; 289 cu in (4.7 L) Windsor V8; 302 cu in (4.9 L) Windsor V8; 352 cu in (5.8 L) FE V8; 390 cu in (6.4 L) FE V8; 428 cu in (7.0 L) FE V8.
Distância entre eixos: 103 pol. (2,600 mm) no coupé; 109.9 pol (2,790 mm) no sedan

Dodge Charger

Um dos mais famosos da lista, este carro é provavelmente o favorito dos diretores de Hollywood. Sendo protagonista em diversas séries e filmes, o Dodge Charger é o queridinho das câmeras.
Entre seus papéis, o mais famoso é o inalcançável “General Lee”, Charger dirigido pelo ousado Bo’ Duke, um dos personagens principais da série “Os Gatões” (The Dukes of Hazzard).
 "General Lee" o famoso Charger 69
O famoso"General Lee", um dos mais conhecidos Chargers 69
Especificações:
Produção: 1966–1978
Tipo de corpo: 2 portas coupé
Layout: FR Layout
Plataforma: B-body

Chevrolet Opala

Chegamos finalmente ao preferido dos brasileiros. O Opala foi um projeto de sucesso da General Motors Brasil, sendo uma adaptação do alemão Opel Rekord.
Mas seria o Opala realmente um muscle?
Muitos dizem que não. Aliás, o Opala é um carro que divide a opinião dos motoristas. Há tanto os que o amem, quanto há os que o odeiem.
O fato é que este é um dos cases de maior sucesso a serem produzidos no Brasil e, ao avaliar o motor de 4 ou 6 cilindros e o seu desempenho, podemos perceber que o Opala não seria deixado para trás com muita facilidade.
Também, justamente por ter sido projetado em nosso país, o Opala carrega consigo o famoso “jeitinho brasileiro”, e é um dos carros mais fáceis de otimizar, ou “dar uma mexidinha”.
Chevrolet Opala
O brasileiro Chevrolet Opala é um dos carros de mais fácil otimização.
Especificações:
Produção: 1969–1992
Motor: 151 pol.³ 4 cilindros (2.5 L) – 98 hp (73 kW) Gross – (1974–1976); 151 pol.³ 4 cilindros (2.5 L) Ethanol – 98 hp (73 kW) Gross – (1980–1992); 151-S pol.³ 4 cilindros (2.5 L) – 80 hp (60 kW) Gross – (1974–1992); 153 pol.³ 4 cilindros (2.5 L) – 80 hp (60 kW) Gross – (1968–1973); 230  pol.³ 6 cilindros (3.8 L) – 125 hp (93 kW) Gross – (1968–1971); 250 pol.³ 6 cylinder (4.1 L) – 140 hp (100 kW) Gross – (1971–1975); 250 pol.³ 6 cilindros (4.1 L) – 148 hp (110 kW) Gross – (1975–1988); 250 pol.³ 6 cilindros Ethanol (4.1 L) – 155 hp (116 kW) Gross – (1984–1990); 250 pol.³ 6 cilindros (4.1 L) – 171 hp (128 kW) Gross – (1976–1988).
Transmição: Manual 3 velocidades; Manual 4 velocidades; Manual 5 velocidades; Automática 3 velocidades; Automática 4 velocidades.

AC Cobra

Como você pode perceber, os 2 últimos carros não foram fabricados nos Estados Unidos. Mas como poderíamos deixar de fora essas duas máquinas?
O AC Cobra foi produzido no Reino Unido, na década de 60, e é até hoje referência de potência e design.
Desenhado pelo renomado estadunidense Caroll Shelby, a sua carroceria Roadster faz inveja a qualquer modelo, de qualquer montadora.
AC Cobra
O belíssimo AC Cobra, desenhado pelo renomado Caroll Shelby
Especificações:
Produção: 1962–1967
Carroceria: Roadster 2 portas
Motor: V8 4,2L; V8 4,7L; V8 7L
Distância entre eixos: 3848mm

Agora você se pergunta. Estes são os melhores carros da categoria Muscle?
Esta é uma pergunta difícil de ser respondida, mesmo porque é uma questão de preferência. Na minha humilde opinião, sim são (alguns) dos melhores.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

MUSCLE CAR



Em meados dos anos 60, os consumidores americanos estavam cansados das "banheiras" repletas de cromados e exigiam individualidade e atitude. Foi nesta década que surgiu um dos tipos mais fascinantes de automóveis que Detroit já produziu: o muscle-car. "carros musculosos", em alusão à aparência agressiva e grande potência.
A história dos muscle-cars começa em 1964. A Pontiac,uma divisão da GM, coloca no modelo Tempest o maior motor V8 disponível na casa: um 389-3pol ou 6,3 litros, de 325 cv. E batiza a criação com um nome "emprestado" da Ferrari: GTO., nascendo assim o Pontiac GTO.
As características desse tipo de carro passavam por um motor de grande cilindrada -- V8, claro --, aparência robusta e grande oferta de opcionais, capazes de dar aos seus consumidores a tão desejada individualidade. O GTO oferecia uma enorme lista de opcionais, para que o consumidor pudesse "fazer" seu carro. Fazendo as escolhas certas era possível ter um automóvel muito veloz e com ótimo comportamento dinâmico por um preço bastante atraente. Foi um sucesso absoluto.
Dois anos mais tarde, deixava de ser apenas uma versão do Tempest e se tornava um modelo independente. Modificações externas -- como novos faróis verticais e lanternas traseiras -- e mecânicas eram introduzidas, para dar ao carro mais potência e uma aparência ainda mais agressiva. O motor era o mesmo 389, mas agora gerando de 335 a 360 cv, podendo atingir mais de 200 km/h.
Com o sucesso do GTO, as outras marcas se apressaram em também oferecer seus "carros musculosos". A Chrysler começou a adotar motores Hemi, assim chamados por possuírem as câmaras de combustão hemisféricas, em todos os modelos possíveis, produzindo alguns dos mais fantásticos carros da época. Foi da Dodge que saíram, por exemplo, o Charger e o Challenger. O primeiro, conhecido dos brasileiros pois desembarcou por aqui no início dos anos 70 com um motor V8 de 318 pol3 (5,2 litros), teve em 1968 sua versão mais potente e famosa. O Charger possuía ainda uma versão batizada de Daytona, variação de rua do Charger criado para disputar as competições da NASCAR.
A Plymouth, outra divisão da Chrysler, também apresentou, em 1969, uma nova geração do Barracuda. Também equipado com o V8 440, com três carburadores duplos Holley. O carro possuía um visual esguio, mas ao mesmo tempo agressivo. A tomada de ar que se projetava para fora do capô lhe valeu o apelido de shaker hood (capô que sacode).
Outro Plymouth que fez história foi o Road Runner Superbird de 1970. O nome vem do simpático personagem da Warner, no Brasil chamado de Papa Léguas, que vive correndo para escapar do coiote. E de fato o nome não poderia ser mais apropriado, já que velocidade também era o ponto forte desse Plymouth.
A GM não se restringiu à divisão Pontiac e apresentou vários outros modelos para entrar na briga. A Chevrolet contra-atacava o Mustang com o Camaro. A versão Z28 de 1967 utilizava o V8 de 302 pol3 (5,0 litros) com 290 cv e oferecia desempenho bem adequado. Também com uma farta lista de opcionais. O carro foi um estrondoso sucesso, vendendo 220.000 unidades naquele ano.
Outros modelos da Chevrolet também entraram no páreo. O Impala possuía em 1967 uma versão, batizada de SS 427, com o imenso motor de 7,0 litros e 385 cv de potência. Outro carro com lugar garantido na galeria da fama dos muscle-cars é o Chevelle 1970, incluindo sua bela versão picape El Camino (derivado de automóvel). Ambos utilizavam um V8 de 7,5 litros, o que lhes dava um desempenho brutal. O Nova SS com o 5,7-litros de 245 cv também tem seu lugar na galeria da Chevy.
A Buick, outra divisão da GM, apresentou um dos mais memoráveis muscle-cars de todos os tempos: o GS-X. Versão de topo da série Gran Sport, que antes contava com versões de 350 e 400 pol2, utilizava o eficiente motor V8 455 (7,45 litros). O GS-X é dos pontos mais altos na história dos muscle-cars. Acredita-se que, com a preparação correta, era capaz de ultrapassar a barreira dos 250 km/h.
Até a conservadora divisão Oldsmobile aderiu à tendência com o 4-4-2. O carro tinha esse nome por possuir quatro carburadores, transmissão manual de quatro marchas e escapamento duplo. Inicialmente era apenas uma versão do Cutlass F85, mas devido a sua popularidade a Olds resolveu transformá-lo em uma linha própria em 1968. Dois anos depois era oferecida uma nova versão, batizada de W30. Com o motor de 7,45 litros e 370 cv de potência, era um legítimo muscle-car.
A Ford decidiu reagir, transformando seu maior sucesso da época -- o Mustang -- em um legítimo muscle-car com a versão Shelby GT 500 com um enorme motor de 7 litros e fez algumas modificações externas, para dar ao carro uma aparência ainda mais agressiva. A Ford não contava apenas com o Mustang para disputar o mercado dos muscle-cars. Outros carros foram oferecidos, como o Fairlane GT e o Gran Torino GT. Ambos utilizavam o mesmo motor V8 de 427 pol3 (7 litros).
A Mercury, Uma divisão da Ford, também dispunha de carros para entrar na briga. O mais famoso deles era o Cougar, feito na plataforma do Mustang com objetivo de enfrentar os "pequenos" muscle-cars, como Challenger e Camaro. O modelo 1968 oferecia diversas opções de V8, de 5 a 7 litros. A versão mais potente dispunha de 335 cv.
A história dos muscle-cars começa a terminar em 1973. Com a crise do petróleo e o embargo imposto pelos países produtores, mais a conseqüente alta dos preços do combustível, os americanos preferiam comprar os econômicos carros japoneses aos beberrões nativos. Além disso, o governo dos EUA passou a impor uma série de normas de controle de poluição e de consumo de combustível, o que amarrou ainda mais a potência dos carrões, e estabeleceu o limite nacional de velocidade de 88 km/h.